sábado, 26 de novembro de 2016

ELEIÇÕES DIRETAS GERAIS JÁ EM CUBA

José Paulo Bandeira
26/11/2016                                                           I

PARTIDO GRAMATICAL JORNALISTICO EM TEOLOGIA CUBANA 

O caadáver não esfriou e um fenômeno político extraordinário surgiu no Rio. Trata-se do Partido gramatical jornalístico em teologia cubana, ou PGJTC. Ele é criado antes do funeral do Ditador terrorista caribenho. 

Este partido é um partido bolchevique do mundo orbital do século XXI Seu programa mínimo é a defesa da Ditadura Cubana sob o comado do sujeito político gramatical outono do patriarca Raul Castro e seu Partido Comunista negro caribenho chulé. 

A GloboNews é o comitê central do Partido gramatical jornalístico em teologia cubana. Este canal de televisão não faz jornalismo como tal, e sim uso o jornalismo para fazer sua política eletrônica terrorista, visando assaltar e se apoderar do centro do poder do campo de poder hobbesiano/gramática narrativa industrial grau zero de narração da realidade dos fatos políticos. Este é o programa máximo do PGJTC.   
                                            II

                           ELEIÇÕES DIRETAS GERAIS JÁ EM CUBA!

O PCL (Partido Comunista Lacaniano) tem como programa mínimo o combate à gramática teológica da Ditadura mundial em suas variadas formas. Hoje, CUBA se transformou (com o desaparecimento do mito teológico Fidel Castro) no elo mais fraco das redes physis/metaphysis da subjetividade territorial ditatorial que contém o segredo e o enigma da gramática das ditaduras em todos os continentes. Desfazer o elo mais fraco será o primeiro passo para uma contraofensiva mundial da democracia ocidental razoável. 

O elogio da Ditadura comunista negra asiática chinesa à ditadura cubana não diz tudo sobre a progressão e o avanço acelerado da gramática teológica ditatorial fascista sobre o planeta.

No Brasil, se formou um bloco-de-poder gramatical mundial para a defesa da ditadura como tal em CUBA. Vários figurões da política profissional brasileira fazem parte desse bloco cujo magister ludi é FHC, e seu partido PSDB atua como a força dirigente do Bloco gramatical fascista em defesa da Ditadura Cubana com Raul Castro e o PCC, Como âmbição maior, de fato, é uma defesa da gramática da ditadura teológica fascista planetária!  

FHC revelou no exercício da política ser um ente de uma subjetividade ditatorial territorial cujo gramática foi inventada pela fazenda de café do Vale-do-Paraíba-cana-de-açúcar. 

Ele planejou durante 4 anos, no governo nacional, o golpe de Estado branco para mudar a Constituição, e, assim, permanecer mais 4 anos no poder em Brasília. Para quê exatamente? 

Hoje, ele é o candidato natural da ditadura fascista teológica negra que a sociedade dos ricos associados RIO/SP está planejando para nós. 

Bom isso já são outros quinhentos anos! 

Não seria natural que o governo Temer iniciasse uma campanha imediata para viajar o mundo com  a gramática democrática razoável representativa em Cuba? 

Temer não é um membro festejado da comunidade jurídica brasileira liberal democrática? 

Ao invés de prestar solidariedade ao Novo DITADOR CASTRO gerando o sujeito gramatical teológico ditatorial cubano Castro morto, Castro posto, o governo brasileiro da soberania popular  manca deveria ter publicamente exigido (como líder da democracia ocidental no continente) eleições diretas gerais em Cuba Já. 

Isto é o que o povo cubano deseja, esta é a única vontade ardentemente desejada pela soberania do povo cubano. 

O governo FHC/Temer/Renan mostrou que é aliado da DITADURA COMUNISTA NEGRA contra o povo da soberania popular cubana, contra a doce e inocente juventude cubana. 

Meninos, Eu vi!

Por isso, o PCL começa a campanha mundial por eleições gerais em CUBA já. 

Exige que o Ditador Castro e o comitê central do Partido Comunista Cubano se retirem de Cuba por livre e espontânea vontade, pacificamente. 

Pois, o essencial é que a máquina psicopática de guerra castrista/blanquista terrorista (com um largo saber de guerra de guerrilha, guerra civil aberta e guerra terrorista) não lance mão dessas formas de guerra contra a juventude da democracia representativa caribenha, promovendo banhos de sangue a granel. 


A máquina de guerra castrista (hoje no comando do Estado bolivariano terrorista do fantoche Maduro) está fazendo da Venezuela um cemitério de covas coletivas a céu aberto de homens, mulheres e crianças. 

O governo Temer tem a mesma atitude bolivariana de Lula, de Dilma Rousseff, do PT, do PSOL e da Rede de calar ante à destruição final da Venezuela. O que significa, afinal, tal gesto governamental? 

Não é um confissão mundial de apoio a Maduro?  

Partido gramatical jornalístico em teologia cubana fará o mesmo com o Brasil, pois, ele é o sujeito gramatical eletrônico terrorista da técnica de sugestão (técnica fascista alemã) da necessidade da Ditadura Teológica Fascista Cubana, entre nós. 

Então o Partido Comunista Lacaniano contra-ataca com uma campanha mundial por eleições diretas gerais e irrestritas em Cuba já! 

ESQUECER A DITADURA TERRORISTA DE UM HOMEM SÓ?

José Paulo Bandeira

Fidel Castro morreu de morte natural. O Partido Comunista Lacaniano (PCL) tinha resolvido não fazer comentários sobre o homo homini lupus caribenho. Ao assistir na GloboNews uma entrevista de uma hora com uma brasileira da Okhrana (sinistro serviço secreto cubano) biógrafa infame juramentada do serviço secreto negro e do próprio Fidel, resolvi estabelecer um novo patamar gramatical para o debate público procedural sobre o fidelismo nas Américas. O motivo imediato dessa intervenção foi a acusação (secundada pela entrevistadora da GloboNews) de que os críticos do DITADOR FASCISTA CARIBENHO usam como fonte a C.I.A. 

Eis uma pequena amostra do que pode ser o debate do PCL sobre Fidel e a conjuntura das guerrilhas e do terrorismo urbano da esquerda latino-americana no Brasil. 

A urgência de publicar esse pequeno texto hoje, me fez sacrificar a criteriosa revisão final do texto. Peço desculpas sinceras por esse grave pecado/predicado gramatical.       
                                                                                  I
Ruy Mauro Marini foi o principal teólogo gramatical brasileiro da revolução proletária latino-americano. Seu ponto de partida dizia que o desenvolvimento do capitalismo mundial gerava o sub-desenvolvimento latino-americano. Ele concebeu a dependência econômica como a fase de internacionalização do capital produtivo em direção à periferia, incluindo a América Latina.

 Nas décadas de 1960 e 70, a América Latina vive a generalização das relações de produção capitalista na cidade e no campo (Marini: 18). Assim, não fazia sentido em defender uma revolução democrática nacional burguesa. A única revolução possível e desejada era a revolução socialista em toda a América latina. 

O triunfo do socialismo em cuba era o ponto de partida de uma linha de força baseada em uma estratégia fatal: “L’action internationaliste de Guevara, la politique révolucionnaire de Cuba annoncent la réponse que les peuples du continent donneront à leurs oppresseurs (Marini: 27). 

No entanto Marine foi um crítico da máquina de guerra blanquista/castrista. No caso brasileiro, ele associava a existência desta máquina a entrada na luta armada da pequena burguesia estudantil:
Dans cette perspective, le mouvement de 1968, outre qu’il eut un caractère stratégique défensive, ne regroupa que des forces limitées. On est donc loin de compter sur l’action résolue des masses contre le régime d’oppression et d’exploitation qui les asservit. C’est ce que la stratégie de la majorité des organisations de gauche confirme, bien qu’elle ne l’admette pas consciemment. Sans renoncer à l’interpréter comme elle le fait en termes de guerre révolucionnaire, ele croit nécessaire de former de petits groupes armés dans la villes et les campagnes afin d’élever l’esprit de lutte des masses. Autant admettre que ces masses ne sont pas encore prêtes à agir. L’esprit d’heroisme et de sacrifice que reflète em définitive l’elitisme et le paternalisme propres à la petit bourgeoisie, accentue cette tendenca. Il se reflète non seulement dans la conduit des organisations, mais aussi dans la psychologie du militant” (Marini: 125-126). 

Marini ensinava como um rhetor precipio do marxismo brasileiro que o aparelho clandestino – máquina de guerra terrorista - tinha como finalidade o trabalho de agitação e organização das massas. Para este revolucionário da linha do marxismo brasileiro não-universitário: “Défendre la nécessité du travail de masse ne veut pas dire rejeter l’action des petits groupes. Son trait le plus notoire, le terrorisme urbain, peut parfaitement se combiner au travail de masse pourvu qu’il ne s’y substitue pas et ne tende pas à devenir l’élément central d’une action révolucionnaire” (Marini: 127). 

O modelo marxista de interpretação da política sublinhava a relação da lógica de classe com a psicologia pequeno burguesa do militante e também com o modelo de organização blanquista elitista que ele atribuía um sentido pequeno burguês. Talvez se pensarmos o aparato terrorista como condensação da metaphysis da cultura política econômica -  ou seja, como máquina de guerra teológica terrorista da metaphysica da sociedade cubana do DITAADURA DE UM SÓ HOMEM (FIDEL CASTRO) - seja possível dar um passo adiante.

A máquina de guerra terrorista já era condensação de cultura política populista de esquerda em uma versão latino-americana. O partido blanquista foi uma máquina de guerra criada por uma máquina de guerra biográfica: August Blanqui. Este é fruto da cultura populista revolucionária da Revolução Francesa: “ En efecto, las facciones republicanas habían tomado partido por los girondinos o los montagnards, por Danton Robespierre o Marat. En cambio Blanqui y sus discípulos se consideraban los sucesores de los herbetistas, es decir, los membros de la izquierda jacobina, que tomaron su nombre del periodista popular Jacques-René Herbert” (Bernstein: 290). Tal cultura blanquista teve continuidade com los Narodovoltsy (os populistas russos) que se constituiu como uma máquina populista revolucionária e terrorista (Tvardovskaia: 210-226).

Isaac Deutscher retratou o momento da constituição da megamáquina de guerra stalinista. Em meados de 1929, “Stalin não disse o que deveria acontecer aos dois milhões de Kulaks, que com a família somavam cerca de dez milhões de pessoas, depois de perderem suas propriedades e de serem impedidos de participar das fazendas coletivas.  

Não demorou muito, a Rússia rural transformou-se num pandemônio. A maioria esmagadora dos camponeses enfrentou o governo numa oposição desesperada. A coletivização degenerou numa operação militar, numa guerra civil. Aldeias rebeldes viram-se cercadas de metralhadoras e não tiveram outro remédio senão capitular. Grandes massas de Kulaks foram deportadas para regiões distantes e despovoadas da Sibéria” (Duetscher: 292-293). 

Sobre as fazendas coletivas, Deutscher escreve: “A experiência tinha o aspecto de uma loucura prodigiosa, na qual as regras de lógica e todos os princípios de economia estavam de pernas para o ar. Era como se o país inteiro tivesse repentinamente abandonado e destruído suas casas e cabanas que, apesar de obsoletas e deterioradas, tinham existência real, mudando-se completamente para alguns ilusórios que, na verdade, não passavam de poucos andaimes recém-erguidos. Era como se o país, depois dessa louca migração, se tivesse lançado à fabricação de tijolos para as paredes das novas moradas e descoberto que não dispunham sequer do material indispensável para a feitura dos tijolos” (Deutscher: 294). 

O estalinismo é um passo além na concepção teórico-prática da política como credo quia absurdum (“Creio porque é absurdo”). O Urstaat stalinista bebe nesta fonte. A máquina terrorista stalinista foi a realização da satisfação da gramática niilista pulsão de morte descarregada sobre o povo tendo como objeto específico os Kulaks e a comunidade camponesa, em geral. 

Na origem de tal máquina, a razão gramatical não orienta a ação dela. Aí, Freud tem razão ao associar a máquina de guerra à psicose. O stalinismo é uma das megamáquinas de guerra psicóticas da história política universal. Ela concebeu a economia política como guerra contra uma população inteira de camponeses a partir de uma interpretação teológica negra psicótica das ideias de Engels sobre os camponeses (Idem: 292). 

O stalinismo é a ideologia marxista transformada em delírio político. Trata-se de delírio político que faz laço social: “Mas quem que quer, numa atitude de desafio desesperado, se lance por este caminho em busca de felicidade, geralmente não chega a nada. A realidade é demasiado forte para ele. Torna-se um louco; alguém que, a maioria das vezes, não encontra ninguém para ajudá-lo a tornar seu delírio real. Afirma-se, contudo, que cada um de nós se comporta, sob determinado aspecto, como um paranoico, corrige algum aspecto do mundo do mundo que lhe é insuportável pela elaboração de um desejo e introduz esse delírio na realidade (...) por um remodelamento delirante da realidade” (Freud. XXI: 100). 
O stalinismo transformou o socialismo em um delírio de massas que tinha (e tem) como motor a pulsão de morte (=mito). O stalinismo é o socialismo como delírio de massa mitológico. Marx era um profundo conhecedor do conceito de delírio de massas, ou delírio político: “Demonstra que, frente à velha sociedade, com suas misérias econômicas e seu delírio político, está surgindo uma sociedade nova”. A Comuna de Paris (1871) =e a primeira revolução proletária do planeta?  Historiadores franceses dizem que não havia operariado urbano industrial em Paris. 

Marx gerou o marxismo como uma máquina de guerra psicótica poética e ilustrada baseada no delírio político da sociedade do trabalho, sociedade dos neuróticos. A Revolução Bolchevique na Rússia em 1917 é a materialização leninista de tal delírio de massas. O stalinismo tem linhas de força delirante de massas que ligam Stalin à Marx (o Lutero marxista) e a Lênin (o Calvino marxista).                 

No livro marxista mais completo sobre a história da URSS, Charles Bettelheim dissecou o stalinismo. Ele reconstruiu a metamorfose teológica gramatical do stalinismo em populismo. O nacionalismo stalinista tinha ligação com o passado imperial do tzarismo. A ideologia do terror foi desenvolvida como laço social, ou seja, no conjunto da sociedade (Bettelheim. Les dominants:  58-59). 

A população possui a crença na existência do complô capitalista contra a URSS, gramatica de um delírio psicótico de massas usado como semblância para conter a esquerda intelectual cubana que faz oposição à DITADURA DE UM SÓ HOMEM HOMOFÓBICO:
“Quando Lunes desapareceu, este cosmopolita habaneiro ficou oito meses sem trabalho (como Padilla agora), vivendo às custas de sua mulher, que era atriz de teatro e televisão. O governo revolucionário (DE FIDEL CASTRO) literalmente não sabia o que fazer com meu caso (CABRERA INFANTE), entre outras coisas porque meu apartamento do Reino Médico era o centro de reunião de intelectuais cada vez mais numerosos, cada vez mais descontentes, cada vez mais atrevidos. Foi por essa razão que me ofereceram este obscuro cargo de segundo secretário numa embaixada de segunda, que ninguém queria, nem eu. Foi por esta razão que me estenderam o tapete (voador) vermelho para sair de Cuba pela segunda vez e definitiva, já que a casa de meus pais se enchia toda noite de intelectuais e artistas não mais descontentes ou desanimados, mas perseguidos, alguns por serem homossexuais, outros por serem heterodoxos, todos por serem desobedientes, porque a desobediência é o único crime que a Nova Igreja Ortodoxa não perdoa. Alguns desses amigos, desesperados e arrastados pela esteira militante deixada por Allen Ginsberg antes que o deportassem para Cuba, queriam mesmo redigir manifestos (na época a pederastia e o lesbianismo eram crimes políticos idênticos ao abstracionismo: os invertidos culpados como os rr) e desfilar diante do Palácio com cartazes: Homossexuais de todo o país, uni-vos! Não há nada a perder além do sexo”. (Infante: 51)                   

Retomo ao fluxo gramatical principal. O terror de massa foi montado a partir da guerra anticamponesa e na ofensiva antiobreira (Idem. Les dominés: 210-214). Bettelheim associa o fascismo teológico soviético ao uso que Stalin fez do Prefácio de 1859 à Crítica da economia política (Idem. Les dominants: 72-73). 

Neste texto, as forças produtivas aparecem como motor da história universal. Trata-se da teologia economicista da história política universal. Abreviando, a máquina de guerra stalinista baseava-se na lógica de transformação da sociedade de classe soviética em sociedade sem classe, sociedade fundada sobre o povo. A ideia de povo ligou o stalinismo ao populismo russo (narodnik). O stalinismo transformou o populismo em uma máquina de guerra fascista socialista-Com Stalin, o populismo tornou-se indissoluvelmente ligado ao totalitarismo. O stalinismo fez do populismo um artefato simbólico da cultura política totalitária-fascista de esquerda.

                                                                                 II

Na Itália de 1960, máquinas de guerra terroristas se tornaram um fenômeno fatal da política nacional. Nesta época, a comunidade jurídica se transformou em uma potente, insidiosa e funesta máquina de guerra heideggeriana. 

Em um tribunal inquisitorial que encenou uma farsa, tal máquina condenou Antonio Negri como suposto chefe das Brigadas Vermelhas (BVs): “Mas, muito pelo contrário, nada disto se produziu, havemos de concluir que os verdadeiros chefes das BVs têm, uma vez mais, o mesmo interesse que o nosso Estado em fazer crer que Negri e Piperno são seus chefes. Esta nova convergência de interesses entre o Estado e as BVs não é nada fortuita nem extraordinária, e não pode surpreender senão os estúpidos que não se apercebem que as BVs são o Estado, ou seja, um dos seus múltiplos apêndices armados” (Sanguinette: 20). 

Antonio Negri é, provavelmente, o herdeiro mais brilhante e culto em filosofia marxista ocidental de Antonio Gramsci na cultura marxista europeia. Na trilha que Althusser percorreu na articulação de Spinoza com Marx, Negri reconstrói o artefato simbólico gramsciano Príncipe em filosofia marxista da modernidade italiana. Em Negri, o Partido Comunista não é mais o Príncipe. Não tenho como discutir neste breve texto a concepção do Príncipe negriano. No entanto, seu influente livro sobre Spinoza “A anomalia selvagem” não concebe a política como guerra:
“La libération s’est faite liberté. Le processus atteint son résultat. L’infini n’est pas organisé comme objet, mais comme sujet. La liberte, c’est l’infini. Tout intermédiaire métaphysique dans la recherche de la liberté a été dissous, faisant place à la décision constitutive de la liberté. La série tout entière des conditions à partir desquelles s’est construit le monde est maintenant donnée comme présence. Présence refondatrice de l”action. Tel est le cri ultime de la construction spinozista: elle a en fait réalizé as dissolution systematique, pour l’amener à la vérité de l’action éthique, comme affirmation de la vie contre la mort, de l’amour contre la haine, dela joie contre la tristesse, de la socialité contre l’abrutissement et la solitude. Ici commence donc la vie. La certitude de la connaissance et du progrès réside dans la liberte” (Negri. 1981: 263). 

Spinoza concebeu a pulsão de vida, antes de Freud, como potência e poder de constituição do mundo da vida e da política in nuce. A revolução proletária deve ser lida a partir desta concepção e não através do significante hegel-gramsciano de hegemonia. Tal revolução significa o fim da soberania da cultura política freudiana na história política universal, que tem como motor a pulsão de morte (=mito). A revolução proletária seria a verdadeira passagem do mito à história.

O spinozismo de Negri se transforma em uma crítica demolidora do populismo terrorista (Blanqui/Narodinik/Stalin) e da cultura totalitária republicana (jacobina). Os dois artefatos simbólicos constitutivos da Máquina de guerra terrorista: 
“Questo problema non è certo riconducibile ala tradizone; tenendoci solo a due esempi, il linguaggio populista e quello giacobino, bene, sono entrambi per noi inassumibile. Perché l’uno – quello populista – appiattisce l’innovazione sulle tradizione; l’altro – quello giacobino – esaspera l’utopia in contenuto normativo; il primo trasdice la ‘verità del movimento’ nella sua filologica devozione alla veritá, il secondo esalta il movimento  come veritá, ne trasferisce cioé l’immediatezza nella parola, nega la complessità della creazione di un linguaggio vero (...) Entrambe queste forme linguistiche sono poi del tutto entranee alla qualità produttiva dell’operaio sociale , alla natureza creativa della attuale composizione di classe. Ed è qui, è solamente qui, nella nuova composizione di classe, che la ricerca deve quindi essere portata” (Negri. 1980: 28)

Negri foi encarcerado pela democracia italiana cujo aparelho judicial (máquina de guerra jurídico-heideggeriana) era articulado por uma lei que, materializada em um dispositivo policial, podia manter um acusado na prisão por dez anos sem qualquer processo legal: “Quando o arbitrário já não teme apresentar-se como aquilo que sempre foi, quando o ser-se culpado ou inocente já não tem qualquer importância, pois a condenação passa a ser a única certeza” (Sanguinete: 17). 

Antonio foi vítima desta atroz máquina de guerra jurídica. Ele que sempre criticou o pensamento revolucionário que concebe a política como guerra: “Impariamo a comunicare, construiamo questi nuovo códice di transmissione – dentro la guerra, contro la guerra” (Negri. 1980: 29). 
A primeira vista, nenhuma época -  a não ser o Baixo Império romano – foi tão juridicializada como a conjuntura pós-Segunda Guerra Mundial em países como a Itália (Poulantzas: 241). A máquina de guerra jurídica heideggeriana instala uma crise permanente na comunidade jurídica, fato sublinhado por Dominique Charvet: “E é certamente uma batalha, uma guerra “civil” que a justiça conduz quotidianamente para impor a norma social, seja entre particulares, seja entre particulares e sociedade. Nesta perspectiva, a democracia representativa-justa torna-se um dos impossíveis freudianos, ao lado do governar, educar e psicanalisar (Freud. v. XXIII: 282).   

A máquina de guerra jurídica-heideggeriana era a vanguarda de um exército político, ponta de lança do Urstaat Okhraniano italiano. A democracia italiana era, especialmente, uma democracia despótica dirigida por partidos associados à máfia sob tutela da Okhrana italiana - dos serviços secretos italianos (SISDE, SISMI, CESIS, DIGOS, UCIGOS). 

E estas são somente as siglas dos serviços secretos oficiais (Sanguinete: 21). O Urstaat também operou através das máquinas de guerra terrorista/populistas como as BVs. Após Segunda Guerra mundial, o serviço secreto americano (Okhrana do complexo industrial-militar) articulou a integração da máfia ao bloco no poder italiano como uma arma política para conter o avanço do PCI.

As máquinas terroristas/populistas eram um artefato político produzido pela luta de classes e a crise orgânica do Estado italiano? Esta é uma hipótese conjuntural que tem força de realidade. No entanto, tais máquinas aparecem, pari passu, em uma conjuntura mundial dominada, cada vez mais, pela aceleração histórica da cultura política totalitária, ou melhor, fascista teológica. Negri foi um objeto retaliado sexualmente por tal fascismo teológico acusou o teórico da revolução comunista proletária mundial de ser chefe do populismo terrorista das BVs. (Brigadas Vermelhas)

Ao não negar que Negri era seu chefe, as BVs se integraram ao Urstaat-Okhrana italiano e à sociedade do espetáculo debordiana que constituíam um artefato único amalgamando terrorismo burguês republicano e terrorismo populista “revolucionário”. 

Tal artefato era o produto da subjetividade territorial do americanismo cum industrialismo, na velha língua política, da cultura capitalista totalitária que surgiu após a Segunda Guerra Mundial (Marcuse: 32, 34, 50). Na década de 1960, um brilhante sociólogo português pós-moderno - Boaventura de Souza Santos - não leu Marcuse como o pensador marxista que concebeu o devir capitalista como cultura capitalista totalitária, inclusive, nas primeiras décadas do século XXI (Santos: 246).  
                                                                     III

Nas ciências sociais, o pós-modernismo se perdeu em um labirinto barroco! Agora, chegou a hora de reconstruir a discussão de Karl Popper sobre o totalitarismo. No livro “A sociedade aberta a seus inimigos”, ele concebeu o totalitarismo (tela gramatical teológica fascista) como um artefato simbólico que já pode ser encontrado na filosofia grega da antiguidade. 

No entanto, o totalitarismo moderno seria parte da cultura política totalitária/historicista que tem em Hegel seu ponto de origem. Hegel teria usado os elementos totalitário do pensamento da antiguidade grega para construir os axiomas do historicismo moderno (Popper. 1959: 26). 

O stalinismo seria a matriz teológica da cultura política totalitária (historicismo econômico) que concebe a história e a política tendo como motor o desenvolvimento econômico. E põe no lugar da classe escolhida o povo escolhido (o povo soviético): populismo stalinista. A URSS significava o devir do mundo como fim da história política universal. Popper diz que: “E os que nisso acreditam extraem daí certeza com referência ao resultado final da história humana” (Popper. 1959: 25). 

FHC – DO MARXISMO HEGELIANO AO FASCISMO TEOLÓGICO BURGUÊS.                                                                               
A USP leu Hegel no departamento de filosofia política. FHC mantinha um diálogo amigável com tal departamento. Não sei se ele extraiu deste diálogo a ideia de um Hegel totalitário. A versão FHC de Hegel é categórica peremptória e bombástica: “Na sociedade burguesa a relação entre o Estado e a Sociedade aparece pois como contraditória e como fonte de alienação. A alienação dos homens – sua incapacidade de reconhecer-se no estado e de reconhecê-lo como a expressão objetiva de suas vontades coletivas – levá-los-ia à Religião. Mas, para Hegel, a superação desta contradição, seria possível pela mediação do próprio estado. Na relação entre Família, Mercado e Estado, este último constitui a categoria fundamental (fundante) do processo de desenvolvimento histórico” (CEBRAP21.Cardoso: 7). 

Havia a vontade intelectual de FHC de constituir um polo de marxismo hegeliano liberal no Brasil? Daí ele sacrifica Hegel (na mesma linha de pensamento de Popper) como pensador do totalitarismo da filosofia moderna? Ele desconsidera a dialética hegeliana (ele faz uma apropriação positivista de Hegel) do discurso do mestre e a ideia de hegemonia hegeliana que Gramsci transformou em uma contramáquina: Príncipe moderno. 

No entanto, ele descarta a interpretação de Popper: “Surge assim uma imagem do Estado que só na aparência se assemelha ao Leviatã”. (Idem: 70).  

Em Gramsci o Partido Comunista deveria ser uma contramáquina hegemônica antinômica ao Partido Stalinista: máquina de guerra psicótica. De qualquer modo, não estamos, no Brasil, no grau zero da discussão sobre o totalitarismo e Hegel. O trabalho consiste em extrair a ganga bruta da ideologia contrahegeliana que bloqueia o uso da obra de Hegel na experiência de pensar a tela gramatical teológica fascista brasileira no século XXI.       

A propósito, FHC criou o partido da social democracia brasileira na década de 1980. FHC governou o país durante 8 ANOS. Hoje esse PSDB se tornou um partido teológico fascista burguês de apoio tático imprescindível à pinguela econômica (governo Temer caiu hoje sem o poio de FHC e do sobrinho gramatical teológico de Tancredo Neves, Aécio Neves chefe formal do PSDB fascista teológico burguês) para o futuro. 

BETTHELHEIM, Charles. Les luttes de classes en URSS. 3ème période. 1930-1041. Les dominés. Paris: Seuil/Maspero, 1982
BETTHELHEIM, Charles. Les luttes de classes en URSS. 3ème période. 1930-1041. Les dominants. Paris: Seuil/Maspero, 1983
BERARDO, João Batista. Guerrilhas e guerrilheiros no drama da América latina. SP: Ediçoes Populares, 1981
CARDOSO, Fernando Henrique. CEBRAP 21, 1977. Estado capitalista e marxismo. Editora Brasileira de Ciências Sociais LTDA. 
FREUD. Obras Completas. XXIII. RJ: Imago, 1975  
INFANTE, Guillermo Cabrera. SP: Companhia das Letras, 1996
MARINI, Ruy Mauro. Sous-développement et révolution en Amérique Latine. Cahiers libres 217-218. Paris: Maspero, 1971
NEGRI, Antonio. Il comunismo e la guerra. Milano:  Editora Feltrinnelli, 1980
NEGRI, Antonio. L’anomalie sauvage. Puissance et pouvoir chez Spinoza. Paris: PUF, 1981
POPPER, Karl. A sociedade democrática e seus inimigos. Belo Horizonte: Itatiaia, 1959
SANGUINETTI, Gianfranco. Do terrorismo e do Estado. A teoria e a prática do terrorismo divulgadas pela primeira vez. Lisboa: Antígona, 1981
DEUTSCHER, Isacc. Stalin. A história de uma tirania. Tomo 1. RJ: Civilização Brasileira, 1970
TVARDOVSKAIA, Valentina A. El populismo russo. Espanha: Siglo XXI, 1978  

BERNSTEIN, Samuel. Blanqui y el blanquismo. Espanã: Siglo XXI, 1975

terça-feira, 22 de novembro de 2016

PERSONNE INTELECTUAL E LOUCURA

osé Paulo Bandeira

personne intelectual é o sujeito (subjekt) do discurso gramaticalmente normal. Por quê?

Tal subjekt é parte de uma subjektivität(subjetividade) gramatical territorial de uma sociedade que sabe que a palavra não é = a coisa. 

Obviamente estou me referindo à história da sociedade civilizada, desde a civilização arcaica. 

A razão gramatical da sociedade estabelece que o sujeito é universal (indeterminado) e a coisa predicada é contingente em uma determinada subjetividade a qual o território é uma sociedade determinada no tempo e no espaço. 

O sujeito burguês universal é o sujeito humano burguês que existi desde a civilização arcaica, com o capital rentista portador de juros (Marx). Ele pode não ser o sujeito de uma sociedade burguesa, pois, esta pode não ter tido presença na civilização arcaica. 

A consistência da sociedade burguesa significa que esta é o território de uma subjetividade gramatical territorial de um povo ou de vários povos reunidos em uma tela gramatical de tal ou qual sociedade burguesa com predicado. 

Como meu discurso não é louco, sei que ele é articulado a partir de uma fantasia (fantasma) que invade o real da realidade dos fatos. Este real, é, por sua vez, um efeito da gramática em narrativa como, ou prophtasia (fantasma do futuro), ou recuerdo(fantasma do passado), que define o discurso na ciência gramatical do real. 

Assim, a ciência do real esconjura a loucura do discurso. Esconjurar. Verbo transitivo direto: afastar (ger. o Demônio, espíritos maus etc.) por meio de exorcismo; conjurar, desconjurar, exorcizar. Tal exercício prático de um agir articulado como ato gramatical em narração normal, quer evitar que o Diabo invada a subjetividade gramatical do discurso ocidental, como o fascismo alemão o fez. 

Evitar o fascismo do americanismo de Donald sempre foi a preocupação da personne intelectual como rhetor percipio, ou magister ludi dos jogos gramaticais da política das sociedades ocidentais. 

A política ocidental não é um artefato para enlouquecer a população que, assim, deixa de se constituir e viver como um povo livre da tirania agramatical em narração sem narração do Diabo.  

A política pode ser articulada a partir de um discurso político normal, i. é, um discurso político onde o Diabo não seja o subjekt da subjetividade territorial da sociedade intelectual- sociedade simbólica ocidental da alta civilização.

O mais competente discurso jornalístico (em autonomia absoluta em relação ao discurso político normal) não é a mansão do Diabo? 

O Diabo faz o jornalista falar como alguém que crê (no poder simbólico do Diabo) que sua palavra é = a coisa falada. Para o jornalista, seu discurso é o retrato da realidade, o espelho da realidade. É verdade que seu discurso é o espelho da realidade, mas da realidade constituída agramaticalmente pelo Diabo. 

O jornalista é o ator hobbesiano negro que articula a tela agramatical do Diabo. Ele não sabe que sabe (esta expressão é o sujeito jornalístico universal) que o real é um efeito da gramática em narração, onde o ser do ente normal se forma. 

Na tela agramatical jornalística diabólica, pois, LOUCA, a palavra de um determinado jornalista competente (por ex., Fadul do O Globo atacando a Previdência brasileira na GloboNews) é = COISA (REAL). 

Se Fadul crê que sua palavra = coisa = o real da Previdência como política nacional, Fadul, em sua vida pública é louco.

Fadul é, na vida privada burguesa,  um homem casado legalmente no cartório e na Igreja cristã católica, com filhos em escolas burguesas católicas, esposa de alguma família de linhagem burguesa cristã; que possui um cachorro negro com pedigree e abençoado por Francisco (como o do Obama), periquito e papagaio da Amazônia legal para os filhos pequenos, ainda, inocentes; sócio honorário de um clube burguês caipira-urbano, e, aliás, que tira féria na praia de Varadeiro (na Cuba comunista negra, pois, stalinista). É notória a amizade política, tácita,  da Família Robertomarinho com Fidel e Raul Castro.  
Ou seja, Fadul é um homem burguês normal e louco, ao mesmo tempo, pois é um subjetk louco da subjektivität territorial agramatical jornalística do Diabo, de uma sociedade burguesa heteróclita escravagista colonial LOUCA, pois, articula o nosso presente agramatical em narrativa burguesa que diz: nós fazemos parte de uma sociedade de mercado capitalista. 

É, em nome, dessa sociedade capitalista vaporosa que vamos destruir a Previdência, como acabamos de destruir o Banco do Brasil (neste caso o governo Temer usa uma violência simbólica e administrativa política para punir os funcionários por causa da greve por salários e melhores condições de trabalho). 

Fadul e o governo federal são partes de um Eu burguês que é nós burguês louco. De nós burguês que é Eu burguês louco

O jornalista Fadul e o economista Samuel Pessoa são agentes da classe simbólica do Diabo como cabeça de ponte eletrônica da articulação desse sujeito e predicado burguês gramatical louco:  Eu burguês que é nós burguês louco. De nós burguês que é Eu burguês louco!                                

Aliás, a qual sociedade servem Fadul, Pessoa e o governo dos Outros? 


Eles são servidores públicos da sociedade burguesa sem capitalismo das 12 famílias ricas/serpentes que fazem a teologia política da loucura para a danação das massas sujeito grau zero luz!    

sábado, 19 de novembro de 2016

REVOLUÇÃO FURTA-COR DA GRAMÁTICA INDO-EUROPEIA

Quando enveredei pelo caminho atual de meu pensamento político de uma psicanálise gramatical marxista lacaniana, relatei, de coração aberto, resumidamente, para o psicanalista Isidoro minhas descobertas. Eu pensava em fazer um trabalho com a segunda analista da escola de psicanálise (cujo fundador e chefe da escola é, irrevogavelmente, o Isidoro Brasil) a doutora e douta, e brilhante dedicada a interseção em estudos de linguística/psicanálise, pela PUC/RIO, Maria Maya Brasil.  

Acreditava que não haveria obstáculos em me juntar aos dois Brasis!
Por causa da transferência antiga que tinha por Isidoro, eu me recusava a metabolizar o que ele realmente me dizia. Uma vez ele me disse: “não posso te acompanhar além daqui”. E neste momento, eu não havia ainda expostos publicamente a existência de um campo freudiano burguês (Freud burguês mais Lacan burguês). 

Quando cheguei ao Partido Comunista Lacaniano (em meus cadernos de anotações) vive um momento de imensa aflição. Eu sabia que tinha de romper com o Brasil maior, pois, ele era meu analista/psiquiatra.

Na clínica Isidoro, eu (sujeito) mantinha um duplo laço com o maître em psicanálise metade mineiro/metade carioca. O primeiro laço era o da pshysis industrial psiquiátrica. Quando entrei em susto psicótico em 2003-2004, Isidoro usou a indústria farmacêutica americana para me fazer sair do surto. Infelizmente, a fantasia lacaniana Okhrana me assediou em um restaurante e me ameaçou com o SENHOR ABSOLUTO HEGELIANO. Uma funcionária do meu trabalho me dizia frequentemente que eu não podia mais voltar a escrever, pois, se o fizesse, a Okhrana me destruiria. 

Isidoro nunca refletiu sobre a ideia de fantasia lacaniana. Ele é médico, filosofo competente autodidata e historiador bissexto. Ele nada sabe da ciência marxista da política. Nunca leu os escritos políticos de Marx ou Engels menos ainda Gramsci Ele jamais entendeu meu texto no qual mostro que o O 18 Brumário de Luís Bonaparte é o efeito de uma produção imaginativa psicótica narrativa regulada pela razão gramatical dialética da política. Esta razão é uma invenção de Marx. Então quanto à razão gramatical vamos de Platão, passando por Aristóteles e Santo Agostinho até a spaltung dela com a razão gramatical dialética. Não precisa dizer materialista, pois a gramática é phyis e matéria metafísica da língua em narrativa. 

A fantasia lacaniana é a língua natural em psicose narrativa do real que pode destruir o sujeito ou fazer dele uma máquina de guerra gramatical narrativa estelar (resto do trabalho de sonho da banda de Moebius physis/metaphysis das estrelas cósmicas) articuladora de uma outra realidade dos fatos contrária a realidade burguesa. Isso é a psicanálise marxista lacaniana pela qual os dois Brasis (homem/mulher) passaram a ter uma intensa aversão sexual hobbsiana, pois, obviamente se tratava de minha política para evitar que a psicose voltasse a invadir meu território do Seer. 

Todos os acontecimentos de ataques da Okhrana a mim, Isidoro interpretava como um efeito de relatos da minha imaginação alucinadamente doentia. Enfim, eu era apenas a repetição tupiniquim do caso/paradigma da personna/objeto de Freud, o infame psicótico (em termos freudiano)   Schreber.
Isidoro tinha certeza que se eu desfizesse o laço psiquiátrico industrial farmacêutico do americanismo, cairia em um novo surto, do qual não sairia mais. O problema consistia no seguinte: ou eu parava o trabalho de desarticulação do campo freudiano burguês ou, então, teria que abandonar a clínica psiquiátrica burguesa freudiana industrial de Isidoro.

Fundamentado na psicanálise comunista lacaniana, resolvi romper com Isidoro. Assim perdi a possibilidade de contar, com o recurso gramatical precioso de Maria Maya (aliás, perfumada em um delicado charmoso mau humor de um a certa personagem machadiana), na minha investigação sobre o fenômeno político gramatical como totalidade gramatical dialética da política. Enfim, ela seria minha companheira no desenvolvimento do aforismo que criei. Aforisma elementar. A política é uma narrativa gramatical dialética em vídeo game jogado por serpentes gramaticais de alguma fronteira gramatical metaphysica/physis da sociedade.

Infelizmente a psicanálise bolivariana (apaixonada por Dilma Rousseff), é apenas uma variante latino-americana da psicanálise burguesa do campo freudiano, hoje, um corpo gramatical dialético despedaçado, cujo magister ludié o filósofo em psicanálise hegeliana/stalinista Zizek. Dizem aqui no Brasil que ele caiu em uma depressão levemente psicótica.   

Resolvi procurar o meu professor de português, da década de 1990, da pós-graduação da UERJ, o meu (querido, agradável, e dotado de uma inteligência gramatical extraordinária) amigo André Valente. Nas tardes deliciosas de um inverno carioca, fiz um curso sobre gramatica com o meu herói André Valente. Ali descobrir que os gramáticos só trabalham em uma superfície homo logicusda gramática. Semblância atmosférica da tela gramatical como tal. Mas André não se espantou com o meu percurso rumo a uma gramatica soterrada pela lógica do significante língua grega em Aristóteles. Desisti!

 Meu percurso até agora fiz sozinho. Vou apenas mostrar uma pinguela dele! 
                  
                                                                               II                                                                                                                                 
                                                                                                                                                                      
Minha edição do Gramática normativa da língua portuguesa é da Editora José Olympio, 1972. Infelizmente jamais conheci os maravilhosos gramáticos professores cariocas, a não ser meu querido e saudoso tio Abílio de Jesus, que me apontou o caminho das pedras para a compreensão da linguística e, especialmente, da razão gramatical. 

A physis da língua é a matéria em si gramatical, i. é, a escrita. A metaphysis da língua é a totalidade gramatical como unidade de sentido semântico da escrita.
Começo citando Rocha Lima: 
“Frase é uma unidade verbal com sentido completo e caracterizada por entoação típica: um todo significativo, por intermédio do qual o homem exprime seu pensamento e/ou sentimento”. (Lima: 232). 

todo significativo é, com efeito, a totalidade gramatical que é a causa ausente althusseriana (como significante que falta na teoria das várias formas de totalidade lacaniana do Imaginário indo-europeu), que articula, subterraneamente, da totalidade real até o todo ideal. (GODIN: 685-714).    No Encore, Lacan quase diz que a gramática é a matéria metafísica do discurso. O discurso é a gramática em narrativa teológica.  

A imaginação produtora gramatical narrativa nos leva bem longe. Paul Ricoeur diz:
“Com a narrativa, a inovação semântica consiste na invenção de uma intriga que é, ela também, uma obra de síntese: virtude da intriga, objetivos, causas, acasos, são reunidos sob a unidade temporal de uma ação total e completa. É esta síntese do heterogêneo que aproxima a narrativa da metáfora. Nos dois casos, o novo - o ainda não-dito, o inédito – surge na linguagem: aqui a metáfora viva, isto é, uma nova pertinência na predicação, ali uma intriga fingida, isto é, uma nova congruência no agenciamento dos incidentes”. (Ricouer: 9-10).

 A I.P. de Ricoeur é o avesso da imaginação produtiva patológica sartreana? Por quê? 
Primeiro é preciso mostrar a passagem da I.P. do território da literatura para a trans-subjetividada territorial transliteraria:
“Embora a metáfora refira-se tradicionalmente à teoria dos ‘tropos’ (ou figuras do discurso) e a narrativa, à teoria dos ‘gêneros’ literários, os efeitos de sentido produzidos por ambas referem-se ao mesmo fenômeno central de inovação semântica. Nos dois casos, esta só se produz nível do discurso, isto é, dos atos de linguagem de dimensão igual ou superior à frase”. (Idem: 9).
Há vários problemas nos dois trechos supracitados. 

Primeiro não é saudável pensar a língua em narração discursiva de unidade de sentido (como discurso lacaniano) funcionando por uma autonomia absoluta, entre os entes do ser da língua, i. é, a semântica e a gramática, pois, como já dissemos: a matéria metaphysis da língua é a totalidade gramatical como unidade de sentido semântico da escrita em narração discursiva lacaniana. O problema da metabolização da gramatica narrativa pelas massas será objeto de mais textos, depois. 

A propósito, falta em Ricoeur o significante gramática articulando a totalidade (língua/discurso em narração) em narrativa de sentido político.    

Na língua em narração há uma autonomia relativa entre gramática e semântica na I. P da realidade como delírio que se transforma em realidade, pois, metabolizado pela multidão: 
 “ Pode-se, porém, fazer mais do que isso; pode-se tentar recriar o mundo, em seu lugar construir um outro mundo, no qual os seus aspectos mais insuportáveis sejam eliminados e substituídos por outros mais adequados a nossos próprios desejos. Mas quem quer que, numa atitude de desafio desesperado, se lance por este caminho em busca de felicidade, geralmente não chega a nada. A realidade é demasiadamente forte para ele. Torna-se um louco; alguém que, a maioria das vezes, não encontra ninguém para ajudá-lo a tornar real o seu delírio.

Afirma-se, contudo, que cada um de nós se comporta, sob determinado aspecto, como um paranoico, corrigi algum aspecto do mundo que lhe é insuportável pela elaboração de um desejo e introduz esse delírio na realidade. Concede-se especial importância ao caso em que a tentativa de obter uma certeza de felicidade e uma proteção contra o sofrimento através de um remodelamento delirante da realidade, é efetuada em comum por um considerável número de pessoas. As religiões da humanidade devem ser classificadas entre os e delírios de massa desse tipo. É desnecessário dizer que todo aquele que partilha um delírio jamais o reconhece como tal”. (Freud: 100).

Se o Sujeito freudiano é a busca da felicidade, a relação dele com a realidade dos fatos (choque gramatical transdialético da realização do desejo sexual como impossível) faz de todo homem um psicótico! 

O platô episteme política econômica científica da modernidade é a posição onde o delírio (como matéria metafísica da plurivocidade discursiva teológica ou ideológica) adquire o seu grau zero. Ao contrário, Marx pensa que enquanto a sociedade burguesa é produzida e reproduzida pela matéria metafísica delírio político psicótico, a gramática da sociedade comunista é, precisamente, o grau zero da matéria metafísica delírio psicótico político:
“ Esse manifesto de nossas seções parisienses foi seguido de numerosos apelos semelhantes de outras partes da França, entre os quais só podemos citar aqui a declaração de Neuilly-sur-Seine, publicado na Marseillaise de 22 de julho.  É justa esta guerra? Não! É uma guerra puramente dinástica. Em nome da justiça, da democracia, dos verdadeiros interesses da França, aderimos por completo e com toda a energia ao protesto da Internacional contra a guerra’ ” (Marx: 170). 

Já sabemos que o rhetor percipio é a Internacional, de Marx. Continuo:
"O simples fato de, enquanto a França e a Alemanha oficiais se lançam a uma luta fratricida, se trocarem entre os operários desses 
países mensagens de paz e de amizade; esse fato grandioso, sem precedentes na história, abre a perspectiva de um futuro mais luminoso. Demonstra que, frente à velha sociedade, com suas misérias econômicas e seu delírio político, está surgindo uma sociedade nova, cujo princípio de política internacional será a paz, porque o governante nacional será o mesmo em todos os países: o trabalho. O pioneiro dessa sociedade nova é a Associação Internacional dos Trabalhadores”. (Marx: 172).

Agora que está claro que a Internacional é o Príncipe em teologia comunistaem língua narrativa marxista. Tal narrativa é uma ideologia científica da modernidade que destitui a teologia cristã (superestrutura da Idade Média) que invade, com seus exércitos ideológicos cristãos modernos, a era moderna até o século XIX? 

É verdade que Marx imaginava que o seu método crítica das ideologias econômicas da modernidade significava uma máquina de guerra de pensamento científico. Mas tal método não poderia ser outra coisa?
                                                                                                  III
O vocábulo exclamativo – Fogo! (Lima: 232-233) é servo do real para se tornar uma frase exclamativa, um todo significativo       gramatical exclamativo? Se o vocábulo – Fogo! é pronunciado diante de um prédio em chamas, então, ele se transmuta na unidade de sentido frase indo-europeia. Tal gramática é antediluviano, pois, ignora os efeitos da revolução burguesa freudiana na língua como trans-sujeito territorial fazendo pendant com a subjetividade territorial do sujeito/ator hobbesiano do campo de poder hobbes/freudiano quase mundial. 

Fogo! pode significar um delírio psicótico invadindo, ou a subjetiva individual biográfica, ou a própria trans-subjetividade territorial como o delírio psicótico de Marx (no O 18 Brumário...) do discurso lacaniano do maître consistindo como Príncipe em filosofia comunista. A I.P. faz pendant com um discurso em narração comunista não como uma verborreia anarquista (Miséria da Filosofia) sem regra gramatical na articulação da síntese do heterogêneo, que ex-siste então, como uma tela agramatical da política revolucionária social da modernidade. 

Em Marx, o delírio psicótico consiste em uma I.P gramatical, ele é, portanto, um delírio gramatical psicótico em narração revolucionária.  Ele articula a tela gramatical da modernidade da revolução comunista ao criar e recriar, pôr e expor poieticamente a razão gramatical dialética da política como actratorfantasia lacaniana do futuro. Marx não criou uma tela gramatical ideológica marxista. Lenin fez isto! 
Lacan diz:
“ Déja, rien qu’à nous avancer dans le courant du discours analytique, que nous avons fait ce saut qui se appelle conception du monde, et qui doit pourtant être pour nous ce qu’il y a de plus comique. Le terme de conception du monde suppose un tout autre discours que le nôtre, celui de la philosophie.
Rien n’est moins assuré, si l’on sort du discours philosophie, que l’existence d’un monde. Il n’y a que’occasion de sourire quand on entend  avancer du discours analytique qu’il comporte qualque chose de l’ordre de une telle conception. 
Je dirai même – qu’on avance un tel terme pour désigner le marxisme fait également sourire. Le marxisme ne me semble pas pouvoir passer pour conception de monde. Y est contraire, par toutes sortes de coordonnées frappantes, l’énoncé de ce que dit Marx. C’ést autre chose, que j’appellerai un évangili. C’est l’annonce que l’histoire instaure une outre dimension de discours, et ouvre la possibilité de subvertir complètement la fonction du discours comme tal, et, à proprement parler, du discours philosophique, em tant que sur lui repose une conception du monde”. (Lacan: 32-33). 

No Marx da década de 1840, a subversão do discurso filosófico se deu pela tática gramatical teológica de Marx estabelecer uma identidade entre ideologia metafísica e filosofia. No O capital e no O 18 Brumário, Marx articula a banda de Moebius - capital como physis econômica política da sociedade capitalista (distinta de sociedade burguesa), no lado direito, e a mercadoria industrial como junção de physis e mataphysis, no lado direito. O fundamental é Lacan dizer que Marx não faz ideologia moderna metabolizável pelas massas (como Lenin pensou – “toda luta de classes é uma luta ideológica, e a ideologia é a arma teórica da política”). Marx faz teologia (sobreterminada pela teologia topológica marxo-lacaniana) topológica da revolução comunista furta- cor.

Seguindo Freud, Lacan vê as ideologias da modernidade como o grau zero da metabolização pela multidão. O segredo está no texto de Freud que diz ser o delírio psicótico religioso um discurso em narrativa matéria metafísica capaz de articular as massas em uma trans-subjetividade territorial heroico/sagrada, tendo como modelo s biografia heroica de Jesus Cristo.  

O sagrado é a forma pelo qual as massas passam a desejar sexualmente o discurso do maître religioso. A diferença entre a revolução leninista e a revolução de Marx é que aquela é ´uma revolução ideológica e a de Marx é uma revolução comunista teológica furta-cor. Numa, o romance da revolução tem como sujeito o herói ideológico; na revolução furta-cor, trata-se de um herói transliterário de um transromance cujo modelo às avessas é Luís Bonaparte do livro O 18 Brumário:
Bakhtin diz:
“ A abordagem mais séria desses problemas resume-se aos métodos biográficos e sociológicos, que, entretanto, não dão provas de uma compreensão formal-estética suficientemente apropriada do princípio criador existente  na relação do autor com o herói, a qual é substituída por uma relação psicológica e social, passiva e transcendente à consciência criadora: o autor e o herói não aparecem como os componentes do todo artístico, mas como componentes da unidade transliterária constituída pela vida psicológica e social”. (Bakhtin: 29).

Bakhtin não imaginou que esse axioma gramatical apontava para a autodissolução da narrativa do romance e da literatura como arma teológica-furta cor ou negra da revolução mundial. Como todo marxista russo sério, Bakhtin não pensava literatura em uma autonomia absoluta em relação à política, como fazem os intelectuais burgueses ocidentais. 

Ora, na era atual transliteraria, há essa passagem do ente ideologia político para o ente da era transideológica teologia política fascista ou furta-cor em língua narrativa transliteraria revolucionária.    
                                                                                                   IV

A Revolução Russa da ideologia industrial leninista é narrativa sem narração comunista, ao contrário do discurso de Marx. A de Marx é narrativa teológica furta-cor. A serpente é o ente que perfaz (em inúmeras civilizações) a ideia de um discurso narrativo teológico. Ao contrário da definição cristã de teologia por Lacan como aquela que só fala de Deus, a teologia narrativa do Velhos Testamento e do Novo Testamento, também, falam da banda de Moebius Deus (lado direito) e Diabo (lado avesso). É a serpente no Jardim do Éden mudando teologicamente a história do homem, criado à imagem de Deus, e que expulso do Éden vai viver no inferno da terra, tendo como tutor trans-subjetivo a teologia negra do Diabo. 

No Evangelho dos 12 apóstolos furta-cores, Cristo no deserto enfrentando e derrotando na sua subjetividade territorial tanto humana como divina a Serpente do Éden, não é falar do Diabo, não é falar também do Diabo. Então a ideia da teologia cristã de Lacan me escapa inteiramente, pois, Lacan, sempre levou muito a sério a investigação da mística cristã medieval.

Freud faz teologia do desejo sexual, ou seja, ele fala de desejo sexual (sendo esta a matéria metafísica da língua freudiana). Lacan provoca um giro gramatical de 80° na teologia burguesa judaica de Freud. Trata-se de um golpe de Estado teológico que leva a tessitura de uma outra tela gramatical teológica. Trata-se de tornar universal para a história universal o ente gramática teológica cristã. 

A revolução cristã em teologia do campo freudiano se expressa por uma matematização industrial do inconsciente freudiano
“ Puisqu’il s’agit pour nous de prendre le langage comme ce qui fonctionne  pour suppléer l’absense de la seul part du réel qui ne puisse pas venir à se former de l’être, à savoir le repport sexuel, - quel support pouvons-nous trouver à ne lire que les lettres? C’est dans le jeu même de l’écrit mathématique que nous avons à touver le point d’orientation vers quoi nous diriger pour, de cette pratique, de ce lien social nouveau qui émerge et singulièrement s’étend, le discours analytique, tirer ce qu’on peut en tirer quant à la fonction du langage, de ce langage à quoi nous faisons confiance pour ce discours ait des effets, sans doute moyen, mais suffisamment suportables – pour que ce discours puisse supporter et compléter les autres discours”. (Lacan: 47). 

 A gramática industrial matemática é o passo necessário para a teologia cristã se transformar em uma teologia comunista furta cor: 
“Ce qui supplée au rapport sexuel, c’est precisement l’amour.
L’Autre, L’Autre comme lieu de la vérité, est la seule place, quoique’irrréductible, que nous pouvons donner au terme de l’être divin, de Dieu pour l’appeler por son nome. Dieu est proprement le lieu où, si vous m’en permettez le jeu, se produit le dieu – le dieur – le dire. Pour un rien, le dire ça fait Dieu. Et aussi longtemps que se dira quelque chose, l’hypothèse Dieu sera là. 
C’est ce qui fait qu’en somme il ne peut y avoir de vraiment athées que les théologiens, c’est à savoir ceux qui, de Dieu, en parlent”. (Lacan: 45). 

A tela gramatical teológica da política é onde se realiza a verdade da revolução teológica furta-cor como a mansão do dito:
“ Pour nous em tenir à la première, j’ai énoncé que la vérité, c’est la dit-mension, la mension du dit. 
Dans ce genre, les Évangilis, on ne peut pas mieux dire. On ne peut mieux dire de la vérité. C’est de cela qu’il résulte que ce son des évangiles. On ne peut pas même mieux faire jouer la dimension de la verité, c’est à-dire mieux repousser la réalité dans le fantasme”. (Lacan: 97-98). 
O fantasma ou fantasia no discurso político que visa o sentido faz pendant como o princípio de realidade freudiano. Tal conjunto supracitado (fantasia, discurso, sentido, princípio de realidade) se articula como semblância:
“ Em effet, un discours comme l’analytique vise au sens. De sens, il est clair que je ne puis vous livrer à chacun que ce que vous êtes en route d’absorber. Ça a une limite, qui est donnée par le sens où vous vivez. Ce n’est pas trop dire que le dire qu’il ne va pas loin. Ce que le discours analytique fait surgir, c’est justement l’idée que ce sens est du semblant” (Lacan: 74).

A fantasia ou espectro em que o sujeito esta encarcerado em seu princípio de realidade é a condição, sem a qual, a fantasia não age como causa gramatical do desejo sexual da prática política do ator hobbesiano e da multidão hobbesiana no campo de poder/língua em narrativa gramatical política $: 
“Ce $ ainsi doublé de ce signifiant dont em somme il ne dépend même pas, ce $ n’a jamais affairen en tant que partenaire, qu’a l’objet a inscrit de l’autre côté de la barrre. Il ne lui est donné d’atteindre son partenaire sexuel, qui es l’ Autre, que par l’intermédiere de ceci qu’il est la cause de son désir. A ce titre, comme l’indique ailleurs dans me graphes la conjonction pointée de ce $ et de ce a, cen’est rien d’autre que fantasme. Ce fantasme où est pris le sujet, c’est comme tel le support dece qu’on appele expressément dans la théorie freudienne le principe de réalité”. (Lacan: 75). 

O essencial é que o parceiro sexual do sujeito na política (causa de seu desejo de revolução) é o l’Autre (Outro), o simbólico, a língua em narrativa gramatical revolucionária: discurso gramatical furta-cor ou negro: trans-sujeito territorial da terra ou territorial orbital. 

Lacan diz:
"Changement de discours – ça bouge, ça vous, ça nous, ça se traverse, personne n’accuse le coup. J’ai beau dire que cette notion de discours est à prendre commme lien social, fondé sur le langage, et semble donc n’être pas sans rapport avec ce qui dans la linguistique se spécifie comme grammaire, rien ne semble s’en modifier”. (Lacan: 21).
A gramatica matemática do inconsciente do discurso lacaniano é capaz de atingir o real onde o ser do ente revolução teológica furta-cor consiste como forma política gramatical. A altura desse acontecimento textual o leitor pode ter sido jogado para a posição cética. Então cito L.:
“La mathématisation seule atteint à un réel  – et c’est en  quoi elle est compatible avec notre discours, le discours analytique – un réel qui n’a rien à faire avec ce que la connaissance tradicionelle a supporté, et qui n’est pas ce qu’ elle croit, réalité, mais bien fantasme’.
             Le réel, dirai-je, c’est le mystère du corps parlant, c’est le mystère de l’inconscient”. (Lacan: 118).
O corpo falante da política é o rhetor percipio na tela gramatical da política fantasmática lacaniana.

                                                                                      ROCHA LIMA

A oração é a frase na trans-subjetividade territorial da política – ou fractal da frase – que se biparte normalmente em sujeito (rhetor percipio) e assimilação predicativa em narração gramatical. Então:
“Ora, a intriga de uma narrativa é comparável a essa assimilação predicativa (ou metabolização predicativa): ela ‘toma conjuntivamente’ e integra numa história inteira e completa os eventos múltiplos e dispersos e assim esquematiza a significação inteligível que se prende à narrativa considerada como um todo”. (Ricoeur: 10). 

Trata-se de uma tela gramatical narrativa articulada pela fantasia ($ junção a).                      


A metabolização predicativa da gramática do discurso revolucionário furta-cor pelas massas grau zero burguês pode ser objeto de um debate gramatical. Então compare-se as duas frases – A sala está suja e -  Que sala suja!

O gramático diz que: “Serve de modelo a frase declarativa, manifestação de um juízo, sem qualquer traço dominante de natureza emotiva, capaz de perturbar-lhe a organização gramatical”. (Lima: 234).
A razão gramatical ou organização gramatical não faz junção com o campo dos afetos ou do estado de ânimus.

 Diz Rocha Lima:
“- A sala está suja. -,
expressão de uma opinião refletida sobe o estado da sala,” (Lima: 234). 
A razão gramatical regula a relação do ato linguístico (frase declarativa) com o real através de um juízo de opinião, i. é, do campo da doxa. O ideal da tela gramatical jornalística é operar, o máximo possível, com o ato linguístico declarativo do território da doxa. Porém, o real do discurso jornalístico se apresenta em uma relação da percepção sensível industrializada do leitor ou do tele espectador com a realidade dos fatos mundiais como feito do trans-sujeito territorial do capital industrial eletrônico em junção com o capital industrial digitalis. 

No jornalismo – A sala está suja – pode ser interpretado pela percepção sensível como a tela gramatical da política está suja. No discurso do jornalismo, a percepção sensível industrial transmuta uma sala suja em a sala está sujacomo metáfora da política como sala suja = corrupção. A sala de tal político está suja pelo exercício da corrupção desse sujeito se transforma em a tela gramatical da política está suja, a classe política é – A sala suja

Para evitar que o todo heteróclito, fragmentado seja dito pelo sentido engolfadoem a sala está suja, i. é, totalidade das salas estão sujas, só se posicionando em outro platô, a saber: o da episteme política econômica: 

O problema é que este platô não é acolhedor à máquina de guerra/doxa jornalística. No platô da episteme política só a máquina de guerra da ciência gramatical do real pode estacionar. Para a política, tal máquina é o rhetro precipio ou Príncipe em teologia política negra ou Príncipe furta-cor. Estes entes são os únicos a interpretar e invadir o real da realidade política onde o Seer da política adquire a forma da revolução fascista teológica (revolução da tela agramatical negra) ou da forma da tela gramatical teológica furta-cor (revolução marxo-lacaniana comunista). 

 Deixei de acreditar que a ditadura dos gramáticos (que foi um ente da política literária no final do século XIX e nas duas primeiras décadas do século XX, contra a qual A Semana de Arte Moderna paulista se levantou) seja o mesmo que a ditadura da gramática furta-cor. 

A bandas de Moebius narrativa do século XXI está ganhando território trans-subjetivo mundial como revolução da tela agramatical fascista teológica BURGUESA (contendo o Estado integral fascista BURGUÊS mundial invadindo, aos poucos, a subjetividade territorial das nações e a physis da sociedade política), no  lado direito, e, no lado avesso a revolução gramatical furta-cor do PCL (Partido Comunista Lacaniano).                       
              

BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. SP: Martins Fontes, 1992
 FREUD. Obras Completas. v. XXI. O mal-estar na civilização. RJ: Imago, 1974
GODIN, Chistian. La totalité. v. 1. De l’imaginaire au simbolique. Paris: Édition Champ Vallon, 1998
 LACAN, Jacques. Encore. Paris: Seuil, 1975
LIMA, Rocha. Gramática normativa da língua portuguesa. RJ: José Olympio, 1994
MARX E ENGELS. Textos. V. 1. SP: Edições Sociais, 1975
 RICOEUR, Paul. Tempo e narrativa. Tomo 1. Campinas: Papirus, 1994